quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Novos estudos reforçam vínculo entre bebidas açucaradas e obesidade

Pesquisas sugerem que refrigerantes e sucos com açúcar podem afetar o funcionamento dos genes, aumentando a pré-disposição para engordar

consumo desses produtos no país mais que dobrou desde os anos 1970, assim como a taxa de obesidade entre os americanos no mesmo período, que afeta atualmente 30% da população adulta.Três novos estudos publicados neste fim de semana reforçam o vínculo entre a ingestão de bebidas com adição de açúcar, como refrigerantes e sucos artificiais, e a epidemia de obesidade nos Estados Unidos. Segundo os autores dessas pesquisas, que foram divulgadas na edição online do periódico New England Journal of Medicine, o
O primeiro estudo, feito pela Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, com mais de 33.000 americanos, homens e mulheres, indicou que consumir essas bebidas açucaradas pode agir nos genes, afetando o peso e ampliando a pré-disposição genética de uma pessoa a engordar. Para chegar a essa conclusão, a equipe usou as 32 variações de genes conhecidos por influenciar no peso com a finalidade de estabelecer um perfil genético dos participantes do estudo. Os autores determinaram também seus hábitos alimentares, de consumo de bebidas açucaradas e de práticas de exercícios baseados nas respostas a um questionário durante quatro anos.
Hábitos mais saudáveis — Os outros dois estudos demonstraram que o fato de dar a crianças e adolescentes bebidas sem calorias, como água mineral ou refrigerantes com adoçantes, levaram a uma perda de peso. Uma dessas pesquisas foi feita no Hospital Infantil de Boston com 224 adolescentes obesos ou que tinham excesso de peso, aos quais os cientistas mandaram regularmente a domicílio garrafas d'água ou refrigerantes light. Os pesquisadores também os incentivaram a consumir essas bebidas durante um ano, período de duração do estudo. Esses adolescentes não tiveram ganho de peso superior a 1,5 quilo durante este prazo, contra um aumento médio de 3,4 quilos observado no grupo que consumiu refrigerantes normais.